O conceito que se tem sobre si mesmo em diferentes momentos da vida é, antes de mais nada, seu, ele pode muito bem mudar através dos processos experienciados ao longo da vida (e todos nós sabemos que muda), transformar-se após acontecimentos inesperados ou mesmo diante do olhar lançado sobre aqueles que nos cercam mas ele não pode jamais, em hipótese alguma, estar aberto a uma imposição pura e sem sentido de um "coletivo externo a você".
   Sem sombra de dúvidas muita gente sabe que o EGO é o maior "inimigo a ser batido" em nossas vidas.
   Mas receio que isto deva ser revisto ou que mereça, no mínimo, uma pequena reflexão pois o que deve ser superado é o apego e a superposição do ego sobre sua centelha divina, no entanto, um ego fraco será sinônimo de fracasso em qualquer atividade que se comece.
   O grande filósofo japonês Mokiti Okada em uma de suas obras diz algo como: "você deve ter ego e não deve ter ego".
   A ideia aqui é que sejamos capazes de possuir um ego forte mas também inteligente o suficiente para "sair da frente", que sejamos capazes de controlá-lo e não sermos controlados por ele. Quando conseguimos isso então temos poder para realizar qualquer coisa. 
   Sendo assim é preciso encarar o ego como um fruto, uma criação do Todo, que é incomensuravelmente maior, e sem o qual não podemos existir. É preciso que o personagem (ego) tenha seus pensamentos e sentimentos alinhados com seu criador (fonte, centelha divina, Deus ou qualquer outro nome que queira lhe dar) obtendo assim a força que anseia e nescessita dele.
   Uma pessoa que se sujeita o tempo todo a críticas alheias (na maioria das vezes feitas por pessoas incapazes e desprovidas de quaisquer referências a seu respeito), que se permite deprimir e hesitar em decorrência daquilo que esta fora dela e portanto não lhe diz respeito algum (uma vez que você não pode controlar ou querer que o outro pense ou sinta da mesma forma que você) é alguém cujo ego é ainda muito fraco, sem propósito e portanto prefere dar atenção a coisas pequenas e insignificantes, sendo incapaz de abrir os olhos para o que realmente importa.
   Uma pessoa forte não esta nem aí para o seu ego mas ainda assim tem o poder e a convicção de saber quem é, aquilo que faz e os motivos que a levam a tal, sem duvidar de si mesmo, sem que as tormentas e os vendavais externos mudem sua essência primordial.
   Alguém assim não vê necessidade alguma de impor um ego disforme e infantil, ela já conhece a si mesma (o suficiente para saber que não deve, de forma alguma, alimentar os anseios que porventura provenham de seu ego) e já possui o tipo de maturidade que só pode ser dada por sua fonte.