Transição planetária
Muito se fala na tão sonhada transição planetária, quase sempre como um evento futuro (e externo também) na maioria das vezes um futuro distante, encoberto por uma densa névoa que nubla sobremaneira os nuances de sua verdadeira natureza.
Algo ansiado por uns, temido pela maioria e que ao longo da curta e sangrenta história humana no planeta Terra se viu revestida de um misticismo exacerbado.
Creio que não seja difícil compreender que mentes pequeninas demais, principiando a engatinhar pelo solo fértil e repleto de possibilidades existentes na condição humana, não seriam capazes de, em suas mentes simples, abarcarem algo tão complexo e significativo como isso.
Mas assim foi, esse entendimento/conhecimento chegou, de uma forma ou de outra, sobre a influência desta ou daquela proposta de pensamento filosófico, religioso ou mesmo místico e sedimentou-se, também das mais variadas formas, no imaginário popular, seja para o bem ou para o mal.
Entre diversas visões (e mesmo aspirações) apocalípticas quanto a um futuro incerto, o médium (e grande mestre) Chico Xavier transmitiu a mensagem de uma possível data limite da vida como a conhecemos e tanto nos acostumamos por aqui, um período de "acréscimo" que teria início em 20 de julho de 1969 e terminaria consequentemente em 20 de julho de 2019.
Segundo suas palavras, esse período existiria para que os humanos tivessem mais uma chance de darem um salto evolutivo no sentido do amor e da fraternidade, tendo que simplesmente, não começar uma terceira guerra mundial, o que seria absurdamente catastrófico em todos os sentidos.
Após vencer este "presente", dado a nós pelo Cristo, a humanidade teria acesso a uma expansão em diversas áreas da vida e poderia caminhar para se tornar (depois de um árduo e longo período e trabalho em conjunto) um planeta de regeneração, deixando de ser um planeta de expiação como é hoje.
Independentemente dessas informações e de sua importância para nossa vida, o que me ocorre muito fortemente e que gostaria de compartilhar com vocês é que, de "certa forma", não existe transição planetária alguma com a qual devemos nos preocupar.
Definitivamente, o salto quântico no qual nossa esfera cósmica está inserida não se trata de nada fora de nós, estamos intimamente ligados a este planeta e ao que eu chamo de CONSCIÊNCIA DA TERRA, o conjunto da vida, nas mais variadas formas, espécies e ecossistemas que aqui se encontram, nessa e em outras dimensões da realidade.
Devemos evoluir e buscar a iluminação a cada instante pois essa é a dinâmica da vida, é essa nossa missão primordial na existência, quer tenhamos ou não ciência disso.
A evolução é, antes de mais nada, a essência do Todo e precisamos fazer escolhas que nos deixem mais ou menos alinhados com essa verdade cósmica a todo instante.
Em verdade desde que o universo existe que ele é uma constante mudança/evolução, tudo muda o tempo todo e a própria existência é um eterno vir a ser numa dança incessante.
Da mesma forma que o corpo absorve e emana energia como um todo, sendo os chakras apenas pontos de maior vibração nesse sentido, todos os universos possuem como característica básica a evolução e portanto "transição" constantes.
Sendo assim, a questão é pessoal e intransferível, o planeta precisa evoluir, a psicosfera da Terra precisa evoluir, a vida precisa se renovar tornando-se una com a existência.
A única questão que podemos formular e sobre a qual temos alguma responsabilidade real é onde queremos estar, com que tipo de vibração queremos sintonizar nossa frequência e como podemos contribuir para a mudança mais rápida do planeta que tanto nos ama e acolhe pois toda a mudança é, em última instância, a nossa transformação interior, estamos unidos a todos os seres daqui e todo esse processo não se encontra em nenhum futuro distante de nós, trata-se de um infinito presente ao qual pertencemos e somos totalmente co-responsáveis/criadores.