Você certamente já ouviu de alguém a expressão: "Fulano é mesmo um livro aberto". Seja uma referência feita a uma determinada pessoa, situação ou mesmo expressão que denuncie mais do que era esperado por parte do autor, o sentido permanece o mesmo, a possibilidade de uma outra pessoa fazer uma leitura que seja capaz de decifrar uma quantidade considerável ou significativa de informações acerca de outrem. Quanto mais algum elemento (o mesmo valendo para um ser), se apresenta em uma manifestação simples, menos elementos, ângulos de visão, capacidade e energia são necessários para se fazer uma análise satisfatória desse elemento. Se alguém lhe pedisse para fazer uma análise detalhada, acompanhada de uma minuciosa descrição, de uma bolinha de papel e de um reator de fissão nuclear, a primeira certamente exigiria menos esforço para ser esmiuçado e mesmo explicado. A analogia decorrente deste fato, a divagação capaz de expandir esse pensamento para praticamente tudo o que existe, nos leva, inevitavelmente, a pensar no ser humano e em suas miríades de interações, cuja qualidade se deva, em sua maior parte no planeta Terra hoje, ao fator capacidade e complexidade, em outras palavras, "o que você tem a oferecer?". É notório, independentemente dos possíveis méritos que possam existir em cada uma das existências (lembrando que não é a isto que me atenho nesta singela reflexão), que quando nos deparamos com uma pessoa simplória demais (imaginemos aqui os âmbitos metafísico e intelectual), grande parte de suas características, formação, peculiaridades e mesmo limitações nos são reveladas quase que instantaneamente. Diversos especialistas e testes apontam para o fato de que a postura e gestos (comunicação não verbal em si) diz muito mais acerca do que transmitimos do que a parte verbal da coisa, porém, em certos momentos da vida, uma simples palavra pode denunciar muito mais do que se pretende. Quando a escassez de recursos se dá em todos os sentidos então, fica muitíssimo mais difícil de não se mostrar por completo sem que essa seja a intenção e mesmo de não ter isso "usado contra você" no que quer que seja. É comum, quando nos referimos a alguém que julguamos inteligente demais, dizer que não conseguimos "decifrar" aquela pessoa, a qual, geralmente, na maior parte do tempo se apresenta reservada, observando e ouvindo mais do que falando. No mito de Odin, principal deus da mitologia nórdica, este, em sua procura por sabedoria, desce até o centro da Terra em busca da fonte da sabedoria, então, frente as suas águas e lhe sendo exigido que desse algo em troca de tal tesouro, deixou como paga um olho. Esse é com certeza mais um entre tantos outros fascinantes apontamentos na direção do fato de que conhecimento é poder, bem como do desejo de sabedoria que ardia fervorosamente no âmago de grandes homens e mulheres da história. Afinal de contas, não é demonstrando de uma vez todos os seus atributos, capacidades e mistérios (e estes existindo em pouquíssima quantidade), que será capaz de conquistar o coração dos seus desejos mais ambiciosos. E lembre-se: Aquele que menos tem é o que mais mostra! www.EldyBatista.com.br
Em um dos episódios da saga Dragon Ball Super, durante a luta de Goku contra Bills (que a propósito é um deus) em um dado momento, ele afirma seguramente que Goku já estaria vencido, pois seu poder só iria até ali, é então que o personagem principal ressurge das cinzas com ânimo renovado e responde seu atual oponente com uma afirmação simplesmente fantástica. Goku lhe diz que mesmo um deus não pode decidir os limites de ninguém, que ele é livre para evoluir até níveis incomensuráveis e que está disposto a fazer isso. Isso inevitavelmente fez roçar em minha mente um ponto importante que se repetiu (e repete) grandemente ao longo das eras. Os humanos, em sua pequenez consciencional, capaz de enxergar apenas um ínfinitesimal vislumbre da totalidade cósmica, a qual teme enormemente, e portanto ávido em reprimir a si mesmo e aos seus semelhantes, teve uma quantidade inenarrável de ideias mirabolantes para se limitar, porém, sendo a evolução algo intrinsecamente gigantesco e avassalador, ele sentiu que precisava criar algo grande, proporcional ao poder que sua consciência rudimentar intuía. Sendo assim, muitos deles invocaram a ideia de um deus que limita, um deus que pune, um deus que joga suas próprias emanações em danações eternas. Durante o período renascentista (séculos XIV ao XVII) muitos humanos, revoltados contra os dogmas "religiosos" que por tanto tempo os esmagaram, desenvolveram e se apegaram a explicações e filosofias puramente materialistas, como o Iluminismo por exemplo, que os ajudavam a excluir um tão horrendo deus da equação. Essas filosofias foram para um outro extremo (como é comum a seres que ainda se encontram em seu engatinhar fazerem). Porém, apesar de todas as indas e vindas ideo(teo)lógicas dos humanos, o deus opressor e limitador ainda permanece bastante forte até os dias de hoje. Isso leva à pergunta chave que me motivou para que escrevesse estas simples linhas de reflexão: Quem o limita? Será que existe mesmo alguém capaz disso? Será que um (D)deus (nesse caso podendo existir com letra maiúscula também) é capaz de limitar a evolução de algum aspecto da existência? E será mesmo que é isso o que ele faria? Caso a resposta a estas perguntas sejam negativas, eu convido a um questionamento final: Quem tem, a tanto tempo, ditado os limites da sua evolução?
Existe hoje, um grande número de trabalhos
voltados para evolução, expansão da consciência, prosperidade, saúde, espírito... Porém, em praticamente todas as propostas e frentes de atuação o foco único e
central é o ser humano e suas necessidades (básicas ou não tão básicas assim). Isto é importantíssimo e entendo que não
poderia ser diferente no atual momento que a humanidade atravessa, (até mesmo
porque é ela mesma que gerencia as coisas por aqui) no entanto, o que proponho nesse texto é um
salto consciencional, uma nova e mais abrangente forma de olhar para a situação
planetária na qual vivemos. Todos os seres sentem uma profunda atração e
interesse por aqueles de sua espécie, e conosco não é diferente, cito aqui um exemplo que utilizei em
outras explanações, se você vive com um gato de estimação por exemplo, haverá
grandes chances de ele ser carinhoso com você e com outras pessoas que
porventura frequentem a sua casa, mas se um outro felino aparecer em "seu
território", a reação será diferente, seu ego despertará de vários
sentidos e muito provavelmente, se insurgirá contra o outro gato (o que vale para diferentes tipos de interesses em outros gatos). Peço que se utilizem deste breve e simples
exemplo para pensarem por um instante no quesito humanidade no planeta Terra
hoje. Se tornou natural para a maioria arrasadora
dos humanos, se verem como os únicos no universo a possuírem o dom da
"inteligência", e como os donos do mundo, tratarem todas as outras
emanações da Natureza/Todo, como inferiores, insignificantes ou mesmo lixo, desprovidos de direitos e interesses próprios. É preciso que haja uma profunda e radical mudança
neste paradigma, ela precisa ser gigantesca, a ponto dos humanos compreenderem
verdadeiramente que não se trata da evolução apenas deles na Terra, o que
acontece aqui é a evolução de uma miríade de consciências, experienciando e
utilizando-se de um lugar, (planeta em comum) que por sua vez também é vivo e
também evolui continuamente. As inúmeras formas de expressão da
consciência em nosso mundo estão juntas em um mesmo momento, dividindo a mesma
casa e mãe, e definitivamente NÃO HÁ uma diferença tão bsurda como foi
instaurado na mente dos humanos, trata-se mais de irmãos mais novos e
mais velhos crescendo juntos. Todos os seres, nos reinos animal, vegetal e
onde mais a vida permeie, são em verdade uma única consciência cujas centelhas divinas se
encontram em momentos distintos da evolução, necessitando para tal, vivenciarem
experiências diferentes, em corpos e situações que são mais interessantes pra isso. Aqueles que não se encontram no estágio
humano por aqui são, antes de mais nada, o "ontem da humanidade", somos um
futuro no qual devem se espelhar, inspirar e com os quais aprender, e não temer,
da mesma forma que acontece conosco em relação a seres mais avançados em
consciência. Os seres e suas relações com a vida se dão
num âmbito que vai muito além das formas físicas que assumem num determinado
momento. Em um filme que considero esplêndido de
inúmeras formas, A ÁRVORE DA VIDA, que conta com os atores Brad Pitt e Sean
Penn e é escrito e dirigido pelo espetacular Terrence Malick, creio que duas questões se destacam de uma forma mais intensa. Uma delas é a busca pelo sagrado em meio às
limitações ideológicas criadas pelos homens versus
o contato direto com o divino. A segunda, nos brinda com os embates, elos,
experiências e resgates vividos entre uma mãe, pai e filhos, que em meio a uma
dança através do tempo e do espaço, desfraldam uma luta catártica para encontrarem o amor, Deus e a si mesmos. É numa destas "viagens" do filme,
que nos deparamos com uma versão abreviada da expansão e evolução do cosmos, do
planeta Terra e dos seres vivos e que caminha para uma cena que me tocou
profundamente e a qual sou profunda e eternamente grato. Nela, um pequeno dinossauro agoniza em um
escasso riacho e é avistado por outro, perceptivelmente à caça de uma presa
fácil pois aparentava estar faminto, este então se aproxima rapidamente e pisa na cabeça do pequeno ser que
se encontra caído e indefeso, mas após olhar mais atentamente para ele, retira
o pé de sua cabeça e quando o apóia novamente nela, isso é feito com mais
delicadeza, quase como um carinho. A percepção e o amor advindos da compreensão
plena de que nossos elos vão muito além da forma humana ou mesmo desta vida, são
indizíveis e não me atreverei a tentar fazê-lo por aqui. Mas me permito concluir esse breve diálogo com um enfático apontamento no sentido de que o ser humano não se encontra só, nem no universo e muito menos no planeta em que vive, sendo uma parte indelével da
Natureza/Todo, transcendente e imanente ao mesmo tempo.
Existe hoje, um grande número de trabalhos
voltados para evolução, expansão da consciência, prosperidade, saúde, espírito etc,
porém, em praticamente todas as propostas e frentes de atuação o foco único e
central é o ser humano e suas necessidades (básicas ou não tão básicas assim). Isto é importantíssimo e entendo que não
poderia ser diferente no atual momento que a humanidade atravessa, (até mesmo
porque é ela que gere as coisas por aqui) no entanto, o que proponho aqui é um
salto consciencional, uma nova e mais abrangente forma de olhar para a situação
planetária na qual vivemos. Todos os seres sentem uma profunda atração e
interesse por aqueles de sua espécie, e conosco não é diferente, cito aqui o exemplo que utilizei em
outras explanações, se você vive com um gato de estimação por exemplo, haverá
grandes chances de ele ser carinhoso com você e com outras pessoas que
porventura frequentem a sua casa, mas se um outro felino aparecer em "seu
território", a reação será diferente, seu ego despertará de vários
sentidos e muito provavelmente, se insurgirá contra o outro gato. Peço que se utilizem deste breve e simples
exemplo para pensarem por um instante no quesito humanidade no planeta Terra
hoje. Se tornou natural para a maioria arrasadora
dos humanos, se verem como os únicos no universo a possuírem o dom da
"inteligência", e como os donos do mundo, tratando a todas as outras
emanações da Natureza/Todo, como inferiores, insignificantes ou mesmo lixo, desprovidos de direitos e interesses próprios. É preciso que haja uma profunda e radical mudança
neste paradigma, ela precisa ser gigantesca, a ponto dos humanos compreenderem
verdadeiramente que não se trata da evolução apenas deles na Terra, o que
acontece aqui é a evolução de uma miríade de consciências, experienciando e
utilizando-se de um lugar, um planeta em comum, que por sua vez também é vivo e
também evolui. As inúmeras formas de expressão da
consciência em nosso mundo estão juntas em um mesmo momento, dividindo a mesma
casa e mãe e, definitivamente NÃO HÁ uma diferença tão bsurda como foi
instaurado na mente dos humanos por aqui, trata-se mais de irmãos mais novos e
mais velhos crescendo juntos. Todos os seres, nos reinos animal, vegetal e
onde mais a vida permeie, são uma única consciência cujas centelhas divinas se
encontram em momentos distintos da evolução, necessitando para tal, vivenciarem
experiências diferentes, em corpos e situações que são mais interessantes pra isso. Aqueles que não se encontram no estágio
humano por aqui são, antes de mais nada, o "ontem da humanidade", somos um
futuro no qual devem se espelhar, inspirar e com os quais aprender, e não temer,
da mesma forma que acontece conosco em relação a seres mais avançados em
consciência. Os seres e suas relações com a vida se dão
num âmbito que vai muito além das formas físicas que assumem num determinado
momento. Em um filme que considero explêndido de
inúmeras formas, A árvore da vida, que conta com os atores Brad Pitt e Sean
Penn e é escrito e dirigido pelo espetacular Terrence Malick, creio que duas questões se destacam de uma forma mais intensa. Uma delas é a busca pelo sagrado em meio às
limitações ideológicas criadas pelos homens versus
o contato direto com o divino. A segunda, nos brinda com os embates, elos,
experiências e resgates vividos entre uma mãe, pai e filhos, que em meio a uma
dança através do tempo e do espaço, desfraldam uma luta catártica para encontrarem o amor, Deus e a si mesmos. É numa destas "viagens" do filme,
que nos deparamos com uma versão abreviada da expansão e evolução do cosmos, do
planeta Terra e dos seres vivos e que caminha para uma cena que me tocou
profundamente e a qual sou profunda e eternamente grato. Nela, um pequeno dinossauro agoniza em um
escasso riacho e é avistado por outro, perceptivelmente à caça de uma presa
fácil, este então se aproxima rapidamente e pisa na cabeça do pequeno ser que
se encontra caído e indefeso, mas após olhar mais atentamente para ele, retira
o pé de sua cabeça e quando o apóia novamente nela, isso é feito com mais
delicadeza, quase como um carinho. A percepção e o amor advindos da compreensão
plena de que nossos elos vão muito além da forma humana ou mesmo desta vida, são
indizíveis e não me atreverei a tentar fazê-lo por aqui. Mas me permito concluir esse artigo com a
enfática afirmação de que a ideia aqui é a de contribuir para que o ser humano
desperte e vá muito além de si mesmo, sendo uma parte indelével da
Natureza/Todo, que é, antes de mais nada, absolutamente tudo aquilo que
existiu, existirá e existe.
Mais de uma vez já recebi como pergunta questões que envolvem o não entendimento da natureza de bem e mal. Um desses questionamentos me veio após a explicação em uma palestra sobre o fato de que o mal em si não possui essência pois é, em última instância, a ausência do bem. A ouvinte então comentou, entusiástica e inocentemente, sobre o fato de que se é mesmo assim, então bastaria ignorar totalmente tudo aquilo que entende como mal e ele deixará de bater à sua porta. Foi interessante pensar sobre como seu comentário era tão e ao mesmo tempo tão pouco verossímil assim. Respondi algo que a deixou ainda mais confusa: "O mal realmente não possui essência, sua manifestação se dá mediante a ausência do bem, no entanto, ainda assim ele existe!" Essa frase pode parecer contraditória mas a questão é que estamos em um universo material e de vibração muito baixa na qual o mal existe sim e sua total negação como uma realidade absurdamente palpável em nossa experiência é deveras patológica. É preciso tomarmos cuidado e atentarmos para o perigo de se negar totalmente algo por recusar-se a encará-lo, por medo ou simplesmente por egoísmo já que talvez esse aparente mal diga respeito "apenas ao outro" e não a nós mesmos. É inevitável em nossas vidas, termos que encarar sua face, por mais difícil que seja, e lutar arduamente para se colocar no melhor mesmo tendo olhado para o abismo. O ego manifesta o mal das formas mais doentias e horripilantes possíveis e precisamos, não ignorá-lo completamente, mas sim colocarmos nosso foco no bem sem nos tornarmos alienados aos elementos presentes à nossa volta, principalmente ao mal que nós mesmos perpetramos ao esquecê-lo. Pense nisso!