Martin Luther King, em uma de suas mais eminentes falas, nos
brinda com a seguinte colocação:
“O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio
dos bons”
Essa simples e
poderosa frase nos permite, entre tantas outras possibilidades, a de tirar o
costumeiro foco daquilo que é maligno, e que, portanto, deve ser combatido com
unhas e dentes. Algo que, por se
situar fora de nossa própria esfera existencial (e portanto, longe desse bem
infinito que habita em nós) dá-nos a reconfortante opção de, travando com ele
uma guerra, substituindo ou mesmo removendo-o de seu lugar no poder, extirpar
todo o mal que assola o mundo.
Penso que é
fascinante, e ao mesmo tempo que terrível, que uma quantidade gigantesca de
pessoas acredite (e mais importante que isso, queiram acreditar) que trocando
uma forma de governo ou mesmo as pessoas que governam um determinado lugar no tempo e espaço, a corrupção
findaria por completo.
Fascinante porque,
como estudioso de todos os assuntos possíveis e passíveis de serem apreendidos
e de gerar crescimento e reflexão para meu ser, me intriga sobremaneira, o quão
aferrados a ideias simplórias e reconfortantes, uma parcela tão significativa
da humanidade se encontra, e o quanto isso lhes permite manter a tênue ilusão de que são parte de um bem que se opõem ao mal do mundo e portanto, também de seu país.
Terrível pois encerra
e reforça um distanciamento e renúncia aos seus próprios demônios interiores, à
sua própria incompletude perante um possível caminho de iluminação (seja ele
qual for) e mesmo ao fato, não tão fantástico assim e já mostrado pela história
repetidas vezes, que o mal, quando não transmutado em bem, não só naqueles que
oprimem como também naqueles que são oprimidos, não desaparece quando uma
batalha entre os atores da vida é vencida.
Sinto como se
existisse uma força impelindo os humanos para infinitas contendas uns com os
outros, algo que parece servir ao propósito de que “o show continue”, uma
eterna luta que nada mais significa senão o “mal contra o mal”, diferenciando
apenas de que lado do poder se encontram no presente momento.
Essa força parece
também funcionar como um denso e pegajoso véu, que impede os fracos de espírito
de enxergarem que, a menos que o amor e a ética se alastre para um número bem
maior de pessoas por aqui, nenhuma troca de governo, sistema político, rei ou
mesmo ministério ideológico, servirá para nada, pois serão apenas substituídos
por outros com a mesma natureza e princípios, provenientes de seres doentes e
fascinados pelo poder e ego que lhes governa a vontade, e portanto, apenas a
reprodução e perpetuação de toda perversidade contra as quais juram lutar
bravamente.
SobreMim
Ola! Sou Eldy de Oliveira Batista, professor de língua portuguesa, educação física, Kung Fu Wushu do qual também sou atleta, massoterapeuta com formação em medicina chinesa, escritor e pesquisador de todo tipo de conhecimento, como física, psicologia, filosofia entre outras que possam contribuir para minha compreensão da metafísica universal, evolução própria e de todos os demais seres!
Abraço!
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